segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Exercício 1

Os números são 1.0; 2.0; e os novíssimos 2.5. e 3.0. Não se trata aqui de novas potências de motores de carros. Muito menos de velocidades de novos processadores. Mas é quase isso. Na força e velocidade da internet os saltos parecem ser gigantescos. Quais serão os novos motores da tecnologia virtual? Google, Microsoft, Mozilla Foundation, desenvolvedores de Linux? Quem estará à frente, com a mais nova tecnologia à disposição de todos?
O avanço é grande e rápido. Basta ver a evolução da Web 1.0 para a 2.0. É uma mudança enorme de paradigmas envolvendo questões filosóficas e sociais. De uma para a outra, a postura é realmente bem distinta, com a Web 2.0 mais voltada para mecanismos de interação e participação dos internautas. Estes deixaram de ser meros espectadores para se tornarem agentes.


Liberdade

Blogs,comunidades virtuais e até mesmo estações de rádio e televisão podem ser construídas com relativa facilidade através das ferramentas hoje disponíveis a quem pode acessar a internet. Um espaço mais livre e democrático, sem amarras de patrocinadores, donos de empresa entre outros. O que vai prevalecer é a liberdade de escrever ou publicar conteúdo próprio, minha ideologia, meu modo de ver o mundo e tudo que nele há. Mas liberdade limitada pela ética, claro. Afinal, abusos podem ocorrer, pois assim como o mecanismo pode ser usado para alavancar a interação para o bem, surge quem o use para fins não muito nobres. Basta ver casos de pedofilia, xenofobia e racismo espalhados pela rede.
Ícones


A Web 2.0 traz a inovação como marca principal. Ícones desta transformação, para ficar só nesses exemplos, são o Youtube, Facebook e o aqui popular Orkut. Não por acaso, muitos estão nas mãos do gigante Google, que completa dez anos. A onda é surfar em nuvens. Tudo virtual, inclusive os programas usados para escrever textos como este. Recentemente, a revista Info fez uma matéria de capa, onde um usuário de internet conseguiu sobreviver alguns dias sem o uso de ferramentas ou programas do Google, hoje a empresa mais valiosa do mundo. São mapas, editores de texto, e-mail quase ilimitado e uma gama de ofertas que fica quase impossível ficar de fora. A empresa se confunde com o próprio conceito de Web 2.0, tantas as inovações desenvolvidas ou adquiridas de outros.

3.0

Agora, já se fala até em Web 3.0, aquela em que em vez de ser informada por nós sobre o que queremos quando estamos online, terá inteligência para se apresentar a nós do jeito que a desejarmos. Um exemplo disso são os novos navegadores. A idéia agora é que eles deixem de ver a rede como uma série de páginas soltas e sem lógica e possam entender o meio como sendo formado por uma gama de softwares capazes de gerar conteúdo, sejam games, tocadores de mídia, correio eletrônico etc. 

Bom, fica um pouco difícil perceber o exato momento de transição dos números. Para mim, pelo menos. Isso só parece ficar claro depois de algum tempo. Mas que tempo? É tudo tão rápido que já poderemos estar vivenciando os primeiros passos da web 4.0 sem sequer percebermos.
O fato é que da Web 1.0 para a 2.0 houve uma grande mudança no comportamento dos usuários e da população como um todo. Imagino os efeitos dessas mudanças quando populações carentes, como é o caso do meu estado, o Ceará, também tiverem acesso a essas tecnologias e ferramentas de transformação. O perfil de audiência e de consumo, devem migrar do rádio e da TV tradicionais de hoje para o novo meio, a internet. É difícil até rotular exatamente o que sej a internet, viso que está em constante e rápida transformação. Para mim, a tendência é ficarem TV, rádio e Jornais tradicionais dentro da rede, junto com os novos Blogs, redes sociais etc. Aliás, este é o grande barato. Poder concentrar em um só lugar, jornais, revistas, rádios e TVs, comerciais ou não. Por si só, isso já é revolucionário visto que passamos a não depender apenas dos grandes players da comunicação para produzir e consumir informações.
Gargalo

O maior gargalo acredito que seja como fazer a população mais carente ter acesso a isso tudo. Há projetos em que o Google (sim, ele mais uma vez) começará a distribuir internet banda larga a comunidades pobres dos países emergentes, com preços até 95% mais baratos. Foco principalmente para África e América Latina. Algo sem precedentes que vai mudar muito a realidade de muitos países.

Na Web 1.0, o conteúdo era produzido por poucos, especialmente as grandes empresas de comunicação já existentes. Agora, do computador pessoal de casa ou de uma Lan House é possível repassar informações, colher outras e interagir mais. Isso apesar dos problemas de censura enfrentados em vários países, como China e Cuba, onde o livre acesso é barrado. Medo da verdadeira revolução que é ter acesso a informações, conhecer mais, poder mais. Imaginar um curso como este, dado pela internet, já é revolucionário. Imaginem-se também graduações, especializações, mestrados e doutorados já feitos pela rede. É fantástico, sem querer parodiar o famoso programa da TV brasileira.

Hoje, é possível baixar filmes, músicas e montar a própria rede de programação. Isso quando não se produz o próprio material, a um custo cada vez menor. Uma ameaça real aos grandes grupos de comunicação que terão, mais cedo ou mais tarde, que migrar de forma definitiva para o novo meio. Creio também que não deixarão totalmente de existir na forma que hoje conhecemos, mas terão que se transformar.

Ferramentas

Só uma coisa ainda me incomoda. Nem todos nós temos o "poder" de criar essas ferramentas. Elas nos são dadas e poucos têm a capacidade de realmente criá-las, ou por falta de conhecimento técnico ou por falta de dinheiro para investir em pesquisas. Eles nos dão essa automia de uma rede de comunicação, com todas ferramentas possiveis e até inimagináveis, com qual objetivo?
De qualquer forma, acredito que até mesmo isto será mudado. Em breve. Afinal, a internet e as mudanças cada vez mais velozes dela e a partir dela em nossas vidas, nunca param.

Deepin 15 6 Vídeo Oficial